
Obesidade X Preconceito
Assim como hipertensão e diabetes, o tratamento da obesidade deve ser iniciado por tentativas de dietas responsáveis e atividades físicas como base. Após isso, caso não seja o suficiente, se mostram necessárias mudanças cognitivas e comportamentais. Só então, no caso de não haver resultado, partimos para a farmacoterapia e, apenas em último caso, à cirurgia bariátrica. “Com o desenvolvimento e maior precisão na medicina diagnóstica, podemos, hoje, com um simples exame de sangue, descobrir a existência de proteínas codificadas que atuam na predisposição ao sedentarismo, na baixa oxidação lipídica (processo responsável pela combustão das células do tecido adiposo), na adipogênese (que, é a expansão do tecido adiposo por meio da proliferação de adipócitos, composto em sua maioria por gordura), e na regulação da saciedade, por exemplo”, completa ainda.
As FakeNews favorecem uma discriminação ainda maior em relação aos obesos, pois colocam a perda de peso como algo simples, fácil. No mesmo caminho, as críticas frequentes (especialmente as autocríticas baseadas no que as pessoas veem nas redes sociais) dificultam o tratamento do lado psicológico do paciente e, consequentemente, um tratamento correto do todo, assim como o preconceito quanto à utilização de medicamentos antiobesidade, que favorece o processo de estigmatização do paciente obeso.
Afinal, quanto tempo será necessário para que a sociedade entenda que os pacientes obesos precisam de um tratamento adequado?
É importante ressaltar que as dietas da moda não possuem embasamento científico, e que produtos milagrosos para emagrecer não existem. E também é preciso compreender: nem todo magro come pouco e nem todo obeso come muito.